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INCLUSÃO
Professores são capacitados sobre autismo em Ji-Paraná

Data da notícia: 2017-04-12 09:38:43
Foto: Assessoria/Divulgação
Maria Elisa: “Não basta socializar essas crianças. Isso é um discurso ultrapassado”.

(Da Redação) Professores da rede pública das regiões de Ji-Paraná e Cacoal foram capacitados nesta terça-feira (11) no Seminário sobre Autismo, realizado no auditório da Escola Estadual Jovem Gonçalves Vilela, na cidade de Ji-Paraná.

Numa das propostas, o seminário detalha como lidar com os autistas em sala de aula, preparando o aluno para a comunicação e a interação social, os principais enfrentamentos de quem tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A psicóloga Maria Elisa Granchi Fonseca conduziu o tema.

“A capacitação é importante porque precisamos lidar da melhor maneira com esse público”, disse a coordenadora regional de educação em Ji-Paraná, professora Rosângela Marum. O TEA geralmente se apresenta nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades da fala e do comportamento social.

Além de professores, mães de crianças autistas participaram do seminário na busca de entendimento para lidar com o próprio filho. “O governo faz a parte dele em capacitar os professores, pois precisamos muito desse apoio nas escolas”, enfatizou a dona de casa Erinangela Rodrigues, mãe de Nicolas Rodrigues, de 7 anos.

O seminário faz parte da programação da Escola de Governo de Rondônia que promove formação continuada de servidores estaduais desde junho de 2016, sob o gerenciamento da Superintendência Estadual de Gestão de Pessoas (Segep).

“Nosso objetivo é oferecer a população servidores mais qualificados”, assegurou a diretora executiva da Escola de Governo, Michele Martines. Ela também anunciou vagas para outros 26 cursos nas áreas de gestão, educação e saúde.

Dois milhões de autistas
Maria Elisa declarou que existem no Brasil aproximadamente 2 milhões de autistas, mas acredita que o número é três vezes maior por causa da ausência de diagnóstico.

“Existem algumas condições neurológicas associadas ao autismo que leva muitas crianças a se estragarem tanto a ponto de ficar 24 dias sem comer, sete dias sem dormir, então precisamos oferecer alternativas de sobrevivência. São casos de defesa sensorial que acabam entrando na restrição alimentar, a criança fica internada, não funciona o intestino. O autismo é problema de saúde pública”, declarou.

Pai de Sairon Almeida, de 13 anos, autista diagnosticado com grau leve, o administrador hospitalar Ronildo Arcanjo gostou da palestra e disse que irá entrar em contato com a palestrante para obter sua contribuição em projeto que pretende criar em Porto Velho para atender crianças autistas.

Para diagnóstico do autismo, os cientistas e médicos consideram dois manuais, um ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS), o CID, que está na decima edição e descreve outras doenças, e o DSM, vinculado à Associação Americana de Psiquiatria, na quinta edição, que abrange problemas mentais e de comportamento. A grande diferença, segundo a palestrante, é que a CID segmenta e tem cinco classificações e o DSM tem três. Quanto maior a nota, pior o quadro do autismo.

Fonte: Assessoria






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